Movimentos Populacionais
O deslocamento de pessoas de um lugar para o outro, entre países e cidades é um fenômeno antigo, amplo e complexo, pois envolve as mais variadas classes sociais, culturas e religiões. Os motivos que levam a tais deslocamentos são diversos e apresentam consequências positivas e negativas, dependendo das condições e dos diferentes contextos socioeconômicos, culturais, políticos e ambientais em que ocorrem. Existem por exemplo causas religiosas, naturais, político-ideológicas, psicológicas, econômicas, as guerras, entre outras, associadas a esses movimentos populacionais. Mas o que se verifica ao longo da história é que predominam os fatores de ordem econômica. Nas áreas de repulsão populacional, observam-se crescente desemprego, subemprego e baixos salários; já nas áreas de atração populacional, vislumbram-se melhores perspectivas de emprego e salário e, portanto, melhores condições de vida. E o caso da emigração para países como os EUA, Canadá, Japão, Austrália e Europa Ocidental. Os movimentos populacionais podem ser classificados em voluntário, quando o movimento é livre; forçado, como em casos de escravidão, de perseguição política, religiosa, étnica ou devido a uma catástrofe natural; e controlado, quando o Estado controla numérica ou ideologicamente a entrada ou saída de migrantes. Qualquer deslocamento de pessoas traz consigo consequências demográficas: o número de habitantes aumenta na área de atração e diminuiu na região de expulsão; e culturais: influência em termos de língua, religião, culinária, costumes entre outros. Enquanto se limitam aos aspectos culturais, as consequências costumam ser positivas, pois ocorre a troca e o enriquecimento dos diferentes valores posto em contato. Em 2005, segundo dados da ONU, cerca de 190 milhões de pessoas residiam fora de seu país de origem, o que equivale a aproximadamente 3% da população mundial. Percentual este que duplicou a partir da década de 1970. Os países desenvolvidos abrigam 60% dos imigrantes do planeta e, portanto, 40% residem em países em desenvolvimento. A Europa é a maior receptora de imigrantes (64 milhões), seguida pela Ásia (53 milhões) e pela América do Norte (44 milhões). Por países, a maior recepção de imigrantes é dos Estados Unidos. Em muitos casos os emigrantes são responsáveis por importante ingresso de capital em seus países de origem. Segundo dados da ONU, em 2008, ele repartiram cerca de 251 bilhões de dólares, com a intenção de ajudar suas famílias ou a realizar poupança que lhes permitisse regressar no futuro. Em contrapartida, os países de onde saem os emigrantes enfrentam a perda de trabalhadores, muitos deles qualificados, que poderiam contribuir para o crescimento econômico e melhoria das condições de vida em seu país. Cerca de 7% dos migrantes do mundo são refugiados, alcançando em 2008 um número superior a 16 milhões de pessoas; a maioria deles na Ásia e na África. A esse número devemos somar mais 26,8 milhões de pessoas que são refugiadas dentro de seu próprio país, o que soma 42 milhões de refugiados pelo mundo.
Feito por: Raianne Moura